Escalada em rocha e trekking em um cume inédito

Descrição da estadia

Alojamento

Programação da estadia

• dia 1

  La Paz - Laguna Khotia - Refúgio Santos

  

  Partida em 4x4 pela estrada, depois por uma trilha transitável até o refúgio Santos (4400 m de altitude), situado no coração da Cordilheira Real. Passagem pelo passo Mollo (5000 m de altitude), aos pés da geleira Wila Lluxita (5244 m), antes de descer até a Mina Fabulosa e chegar ao refúgio Santos. O projeto "Qala Uta" nasceu no início do ano de 2002, por iniciativa de algumas famílias das comunidades de Uma Palca e Challana. Os membros do Qala Uta então conceberam o projeto de colocar a serviço dos visitantes seus conhecimentos da montanha, de lhes fazer descobrir sua cultura aymara e seu modo de vida comunitário. Neste magnífico vale, a comunidade construiu este belo refúgio todo em pedra. Encontro com a comunidade e atividades na aldeia: iniciação à técnica de tecelagem, visita à escola, culinária tradicional... O local também oferece a possibilidade de praticar escalada em rocha. Belas vias foram equipadas nas falésias de granito em frente ao refúgio (nível 5 a 7).

• dia 2

  Refúgio Santos - Laguna Tres Picos - Laguna Khota Pata

  

  Descida até o rio abaixo do refúgio antes de subir novamente pelo vale Wilallojje por cerca de 1 hora. Subida à esquerda por uma trilha íngreme entre as rochas para alcançar um passo situado a 4740 m, após mais uma hora de esforço. Uma bela vista se abre para a laguna TresPicos ou Kunuijitinta (que significa "avalanche de neve" em aymara), situada ao pé da geleira Très Picos. Continuação por uma curva de nível para chegar a esta bela lagoa onde poderemos almoçar. Depois, descida até a laguna Khota Pata por um caminho escarpado e íngreme, em cerca de 1 hora. Lá, poderemos tentar pescar trutas. Retorno ao refúgio em 2 horas a partir da lagoa.

• dia 3

  Refúgio Santos - Escalada

  

  Dia dedicado à escalada em rocha. O local é rodeado por paredes de granito, verdadeiro paraíso para os escaladores. Foram equipadas 13 vias no setor, de 6 a 69 m de altura (até 3 enfiadas possíveis), de nível 4 a 7. Você poderá aproveitar os diferentes setores de escalada esportiva, mas também se lançar até o topo do maciço granítico em escalada tradicional. O local é perfeito para isso!

• dia 4

  Refúgio Santos - Acampamento Cerro Wila Llucita - Cerro Mullu Apacheta

  

  Deixamos com pesar o refúgio Santos e nossos anfitriões. Voltamos pelo mesmo caminho até o Paso Mollo e vamos montar nosso acampamento na pequena lagoa ao pé da geleira Wila Lluxita, a 4895 m de altitude. Agradável pequeno acampamento à beira de uma lagoa. Podemos decidir começar nossa caminhada glaciar a partir do acampamento ou ganhar um pouco de altitude de 4x4 até a lagoa glacial do maciço Mullu Apacheta. O caminho sobe até o Paso Mollo pela estrada transitável e depois bifurca para o sul para alcançar a lagoa a 5100 m de altitude. Assim, economiza-se uma hora de caminhada subindo de 4x4. É um lago muito bonito de águas turquesa, aninhado em um anfiteatro de geleiras e rochas. Um acampamento de mineradores está estabelecido acima desta lagoa. Um caminho serpenteia ao longo do lago e depois sobe acima do acampamento até a borda da geleira, a 5250 m de altitude. Magnífico mirante com uma vista incrível das geleiras ao redor (Janqu Uyu, Janqu Laya). Começamos a travessia tranquila sobre a geleira para alcançar as cristas rochosas sob o cume, por volta de 5380 m de altitude. Ainda precisamos ter cuidado com as grandes fendas abertas em nosso caminho. Uma pequena escalada, um pouco delicada, é necessária para alcançar o verdadeiro cume nas cristas (5400 m). É um caos de rochas muito instáveis que exige muita cautela. Vista deslumbrante no cume. No outro lado, outras belas geleiras desconhecidas aparecem ao longe. Uma bela travessia "prazer" mista de gelo e rocha. Retorno ao acampamento à tarde.

• dia 5

  Ascensão Janq U Uyu - Campo Cerro Wila Lluxita

  

  Ascensão sem dificuldade técnica para a parte glaciar (PD / II) Partida por volta das 04h00 da manhã em veículo 4x4 para chegar em dez minutos ao passo ventoso situado a 5000 m de altitude. Partimos em direção noroeste. Caminhada de aproximação delicada em meio a um caos rochoso até a borda da geleira, que alcançamos em 1h30. Subida muito tranquila, sempre noroeste, sobre o domo glaciar de belas formas arredondadas. Alcançamos o cume após 3h30 de caminhada desde a partida. Este cume não apresenta nenhuma dificuldade técnica e as encostas são muito suaves (35º/40º no máximo). O ponto culminante do Janq’u Uyu está situado em uma magnífica cornija dominando as cristas deste maciço glaciar em direção ao noroeste. A vista é esplêndida sobre as paredes vertiginosas do Chachacomani e do Cerro Jakocire ao noroeste, assim como sobre o Huayna Potosi mais ao sudeste. A parede sudoeste do Janq’u Laya também é impressionante a partir do cume. Temos então a escolha entre descer pelo mesmo caminho e voltar a dormir no acampamento, ou continuar pelas cristas em direção ao noroeste, depois descer para o vale em direção ao sudoeste. A travessia do Janq’u Uyu é mais exigente e técnica, ao contrário de sua ascensão que pode ser proposta a pessoas em boa forma física, mas sem experiência em travessias glaciais. Para quem desejar, é possível realizar a travessia e descer ao mesmo acampamento (para pessoas experientes em rocha e em excelente forma física).

• dia 6

  Acampamento Cerro Wila Lluxita - Acampamento base Janqu - Caminhada até as lagoas ou descanso.

  

  Esta manhã, partimos novamente para o Paso Mollo, mas do outro lado, mais ao noroeste, à esquerda do Cerro Wila Lluxita. De lá, descemos para a parte semi-tropical no lado leste da Cordilheira. Após algumas curvas, o Janqu Laya aparece diante de nós, imponente e majestoso. Estabelecemos nosso acampamento base em um lindo prado aos pés do Janqu Laya, a 4560 m de altitude. Um belo riacho de águas turquesa serpenteia pelo prado. Em alguns lugares, o rio oferece pequenas praias de areia branca que convidam a um banho em suas águas infelizmente frias... mas por que não se deixar tentar por um banho revigorante... Depois, uma vez instalado o acampamento, partimos tranquilamente para descobrir as belas lagoas coloridas não muito longe dali. Lá vamos nós, rumo ao norte, em direção aos lagos. Seguimos uma bela trilha que vai ganhando altura aos poucos em direção aos lagos. A vista vai se abrindo pouco a pouco para o lado leste do Chachacomani, mas também para o maciço das Três Marias, que quase nunca se observa, pois este maciço está escondido nas encostas leste da Cordilheira Real. Após um planalto onde lhamas descansam, chegamos ao primeiro lago (4640 m). O lugar é mágico, parece um mirante, com os maciços glaciais se refletindo nas águas do lago. Após uma breve pausa, continuamos nosso caminho até a segunda lagoa situada a 4740 m de altitude. Diferente, mas também muito bonita. Aninhada como em uma cratera, tem uma bela cor azul intensa. Podia-se observar outra grande lagoa, também aninhada em uma cratera nas encostas da montanha vizinha. Ao longe, o mar de nuvens esconde os vales profundos dos Yungas. Realmente um belo passeio. O lugar é muito bonito, selvagem, diferente do outro lado da Cordilheira. É possível passear por mais tempo ali, pois outras lagoas estão espalhadas por toda a região. Retorno ao acampamento pelo mesmo caminho.

• dia 7

  Ascensão do Jang Laya

  

  Partida cedo na noite, por volta das 02h30. Avançamos pela encosta para alcançar a borda da geleira. A caminhada de aproximação será longa, cerca de 3h30 a 4h00 no total para chegar à geleira (quase 3 km e 650 m de desnível). A caminhada é relativamente fácil no início, as inclinações são suaves e abrimos caminho pelo labirinto de rochas. Quanto mais avançamos, mais a inclinação aumenta e as rochas se tornam mais numerosas. Nos últimos 150 metros de subida, o progresso é mais difícil. É preciso seguir bem os marcos de pedra para encontrar a melhor passagem no meio das barreiras rochosas. Estamos então a 5200 m de altitude na borda da geleira. As inclinações são bastante íngremes (45º/50º) para alcançar as cristas do cume por volta de 5400 m de altitude. O panorama era esplêndido. Podemos ver até o norte da Cordilheira Real, o Illampu, o Ancohuma e, mais próximo, o Chachacomani. Do outro lado, observava-se o Illimani, o Mururata e a face oeste do Huayna Potosi. Descobrimos também os vales profundos que descem para os Yungas e belos lagos coloridos, de diferentes tons de azul: azul intenso, verde esmeralda e turquesa, nas encostas da montanha à nossa frente. Isso nos deu vontade de fazer uma pequena caminhada por lá. Longa descida até o acampamento base onde uma boa soneca merecida nos espera.

• dia 8

  Acampamento base Janqu - La Paz

  

  Após o café da manhã, retomamos a estrada para chegar à cidade de La Paz e à civilização.