Quirguistão autêntico - 14 dias

Descrição da estadia

Alojamento

Programação da estadia

• dia 1

  Bichkek, chegada e primeiras visitas

  Você chega ao aeroporto de Manas de manhã cedo. Nossa equipe local o recebe e o leva para nossa casa de hóspedes localizada em Bishkek, a capital do Quirguistão, a antiga Frunze dos soviéticos. Você terá então a oportunidade de descansar antes de começar a visita à cidade. Ao meio-dia, você sai para almoçar em um restaurante popular da cidade antes de iniciar a visita. Você começará a pé pelo maior mercado da cidade, o Och bazar, onde descobrirá as bancas mais interessantes no coração desse caldeirão de culturas que é o bazar. Em seguida, você seguirá para o centro da cidade, passando pelo boulevard da Jovem Guarda, renomeado em homenagem a Mahatma Gandhi, o cinema Outubro, um charmoso pequeno cinema soviético, até chegar à prefeitura de Bishkek na praça da Filarmônica. Esta praça exibe com orgulho as estátuas de Manas, o herói lendário do conto épico quirguiz, o mais longo do mundo, sua esposa Kaneikey e seu conselheiro espiritual Bakay. Você continua a descoberta do centro da cidade e dos múltiplos parques arborizados, que fazem de Bishkek a "Zurique da Ásia Central", uma cidade verde apesar da monotonia de sua arquitetura. Passagem pela praça Gorki, depois pelo bairro dos esportes com a estátua do colosso Kojomkul na escadaria do palácio dos esportes, em frente ao estádio central e ao Ministério do Esporte. Uma alameda leva então ao parque Panfilov, onde há um parque de diversões permanente que mistura brinquedos clássicos e novas tecnologias, tudo isso no meio de uma floresta urbana. Você continua sua visita, passando entre o palácio presidencial, a Casa Branca e o Museu de História, para chegar à antiga praça Vermelha, hoje chamada praça Ala-Too, a principal praça da cidade, com o nome das montanhas que se erguem acima dos edifícios da capital quirguiz. Você visitará a galeria de arte ao ar livre e a praça da rainha quirguiz Kurmandjan Datka, a rainha do Alai. Você seguirá por outra alameda através de outro parque arborizado, o parque dos Carvalhos, que abriga muitas estátuas contemporâneas, o memorial da Guarda Vermelha e o teatro dramático russo. Você terminará este passeio com a visita à Ópera e à grande praça da Vitória, o memorial da Segunda Guerra Mundial. Após esta visita, você retorna ao veículo até a casa de hóspedes, onde uma aula de culinária tradicional o espera, durante a qual você preparará o jantar que compartilhará com seu anfitrião, um expatriado estabelecido no Quirguistão há muitos anos.

• dia 2

  Bichkek - Parque Nacional de Chong Kemin

  Esta manhã, você deixa Bishkek e avança pelo vale do rio Chuy, linha de demarcação natural entre a estepe cazaque e as altas montanhas quirguizes, local de povoamento atestado desde a Antiguidade nas Rotas da Seda. Você visitará, em particular, o minarete de Burana (século XI), cercado por dezenas de estátuas funerárias, mausoléus e as antigas muralhas da antiga capital do império Karakhanida, Balasagun, destruída pelos exércitos mongóis de Gengis Khan em 1218. Após o almoço, você segue em direção ao parque nacional de Chong Kemin e parte para uma caminhada de 2-3 horas no vale de Tar-Suu. Você está aqui em um ecossistema de média montanha e pastagem, primordial para a fauna e flora selvagens. O parque de Chong Kemin, portanto, iniciou muitos projetos de reflorestamento e, graças a isso, muitas espécies que antes haviam desaparecido desta região voltaram a repovoar a área! Esta noite, você jantará e passará a noite na casa de hóspedes de Uzunbek, um fervoroso defensor de seu vale e de sua região contra a caça furtiva, que vive neste refúgio de paz no meio do vale.

• dia 3

  A caminho de Issyk Koul

  Após o café da manhã, você pega a estrada e deixa o verde de Chong Kemin para rapidamente entrar em um mundo seco e árido, no desfiladeiro de Boom, que liga o vale do rio Chuy à bacia do lago Issyk Koul. Você deixa o veículo e parte a pé para se aprofundar em um desfiladeiro adjacente e estreito, chamado cânion de Konorchek (3h), que ao final oferece paisagens majestosas, contrastando totalmente com as vistas do dia anterior. Após essa bela caminhada, você chega à beira do lago Issyk Koul, o mar interior quirguiz a 1600 m de altitude, o 2º maior lago de montanha do mundo depois do lago Titicaca no Peru. Este lago é levemente salgado e não congela no inverno. Seu nome, que significa "lago quente" em quirguiz, vem da forte atividade geotérmica presente ao redor do lago, onde muitas fontes de água quente brotam naturalmente. O lago Issyk Koul é habitado há milênios por uma justaposição de povos sedentários e nômades: citas, persas, turco-mongóis e, mais recentemente, os russos. O lago Issyk Koul era proibido para estrangeiros na época soviética, pois era um local militar estratégico; os soviéticos testavam ali torpedos para submarinos, um paradoxo no país mais distante de qualquer oceano do mundo! No entanto, isso não o impediu de se tornar um importante local de veraneio naquela época, com os habitantes de Alma-Ata ou de algumas cidades siberianas vindo regularmente descansar na praia durante a temporada de verão. Você almoça na casa de Bilim, a adorável professora de alemão da vila de Tamchi, em seu belo pomar que prospera sob o clima ameno de Issyk Koul. Você chega no final da tarde a Karakol, na extremidade leste do lago, a 1900 m de altitude, e visita a catedral ortodoxa da Santíssima Trindade, usada tanto como escola, ginásio e até depósito de carvão durante a época soviética. Este belo edifício é também a maior construção de madeira do país, e possui um charme inegável, com suas cúpulas azuis e douradas. Você vai jantar no centro da cidade antes de passar a noite em uma casa de hóspedes confortável.

• dia 4

  A pé em direção aos pastos de Altyn Arashan

  Esta manhã, você vai visitar o segundo edifício religioso emblemático de Karakol, a mesquita dungana, de estilo no mínimo desconcertante. Os Dunganos, povo na encruzilhada das civilizações chinesa e árabe, encontraram refúgio na Ásia Central durante repressões em seu Gansu natal, na China. Eles trouxeram consigo seu modo de vida e seu estilo arquitetônico, que se destaca nesta cidade colonial russa. Após esta visita, você levará seu piquenique e apenas uma pequena parte de seus pertences para ir até o pasto de Altyn Arashan, onde passará a noite em um abrigo de montanha a 2500 m de altitude. Uma bela caminhada a pé o espera, e durante 13 quilômetros, você caminhará no seu ritmo nos passos de Youri Gagarine, em um belo vale florestal de alta montanha, por uma trilha de terra ao final da qual se revela o esplêndido pasto de Altyn Arashan, um recanto verde sobre o qual se ergue o pico Palatka, que atinge 5020 m. Youri Gagarine, após seu retorno à Terra, teria vindo descansar neste pasto alpino e, como ele, você poderá aproveitar para relaxar nas muitas fontes termais presentes no local. Você jantará e passará a noite no abrigo.

• dia 5

  De Altyn Arashan a Djety Oghouz, de um pasto alpino a outro.

  De manhã, você desce de Altyn Arashan até a vila de Ak Suu. Você recupera o resto de seus pertences em Karakol e segue para o vale de Djety Oguz, o vale dos sete touros. Os sete touros referem-se a sete penhascos maciços de rochas sedimentares vermelhas que dominam esta charmosa pequena vila, onde há um sanatório da época soviética, ainda em funcionamento. Depois de se instalar na belíssima casa de hóspedes de Cholpon, a professora de inglês da vila, você parte para descobrir a vila e seus arredores, especialmente o vale das Cebolas, salpicado de pinheiros de Tien Shan, essa variedade de pinheiro endêmica da região. Eles se erguem, altos e finos, como velas em direção aos picos nevados ao redor, alguns atingindo mais de 5000 m.

• dia 6

  Ao longo do lago Issyk Koul, de Djety Oghouz a Kochkor.

  Após o café da manhã, partida de Djety Oguz. Você segue pela margem sul do lago Issyk Koul, muito mais árida e selvagem do que a margem norte. Uma vez à vista da vila de Bokonbaevo, você encontrará um berkutchi, um caçador com águia. Os quirguizes, assim como os cazaques e os mongóis, tradicionalmente treinam águias-reais para caçar raposas ou lobos. Esses caçadores também eram curtidores e viviam da venda das peles e das pelagens dos animais que caçavam. O berkutchi falará sobre sua paixão por suas águias e mostrará como ele as treina para a caça. Após essa demonstração de alto nível, você retoma a estrada e passa pela vila de Kyzyl Tuu, que tem a particularidade de ser o centro de fabricação artesanal de iurtas do Quirguistão. E por uma boa razão, o salgueiro usado para a fabricação das iurtas cresce em abundância às margens do rio. Assim, muitas famílias da vila fabricam iurtas de geração em geração. Você encontrará Kurmanbek e Nazira, que lhe ensinarão os segredos do ofício de fabricante artesanal de iurtas. Você chegará no final da tarde a Kotchkor, onde encontrará as mulheres da cooperativa local de confecção de feltro, o material por excelência dos povos nômades da Ásia Central. O feltro é um dos primeiros materiais a ter sido confeccionado pelo homem e sua técnica de fabricação é a mesma há milênios. Mas, ao longo do tempo, os quirguizes desenvolveram técnicas inigualáveis na criação de objetos de feltro e na inclusão com outros materiais, especialmente a seda chinesa e o algodão uzbeque. Você aprenderá então a distinguir os tapetes Shyrdaks dos tapetes Ala Kiyiz, ambos inscritos no patrimônio mundial da UNESCO. Este dia, sob o signo da descoberta das tradições e do artesanato, terminará com música, com um pequeno concerto de música folclórica na casa de Fatima, em sua pousada onde você passará a noite.

• dia 7

  No coração dos Tien Shan, de Kochkor a At Bashi passando por Naryn.

  Hoje, você ganhará altitude para adentrar os Tien Shan atravessando o passo de Dolon, a 3030 m de altitude. A primeira etapa é Naryn para o almoço, uma cidade situada no rio de mesmo nome, que nasce aos pés dos picos mais altos das montanhas celestiais. Neste ponto, ele ainda é apenas o embrião do poderoso rio Syr-Daria, o mítico Iaxarte dos gregos, que irriga as estepes da Transoxiana até o mar de Aral junto com seu gêmeo Amu-Daria, e que delimitava o limite setentrional das conquistas de Alexandre, o Grande. Após Naryn, você chega ao alto vale de At Bashi, que se estende sem fim até o passo de Torugart e a fronteira chinesa. Este amplo vale, dominado pela cadeia de montanhas de At Bashi, foi um corredor natural para as caravanas comerciais que circulavam na rota da seda e, portanto, também um local de encontro e troca com as populações de pastores locais. Hoje, você fará uma parada na casa de Jakshylyk, um agricultor da região que vive na última aldeia antes da China, em Kyzyl Tuu. Você passará o resto do dia com ele e sua família, descobrindo a aldeia e o cotidiano desses moradores que enfrentam os elementos no coração de uma região de clima extremo e verões curtos.

• dia 8

  Vale de At-Bashi - Caravançarai de Tach Rabat

  Você deixa Jakshylyk ao amanhecer para chegar à entrada do vale de Chirikty, onde começará sua caminhada seguindo os rastros das caravanas. Uma bela caminhada o espera, no fundo de um vale coberto de grama onde muitos rebanhos pastam tranquilamente, à sombra dos altos picos esculpidos pelos ventos. A dificuldade do dia é a travessia de um passo a 3500m de altitude. O caminho, no entanto, é fácil e o desnível relativamente pequeno (+700m), o que não torna a tarefa muito árdua. Do outro lado, você desce para o vale de Tach Rabat, a "morada de pedra" em quirguiz, onde se encontra o caravançarai de mesmo nome, aninhado no fundo de um vale, protegido dos ventos. Você chega lá como os caravanistas dos tempos antigos, a pé, e visita este monumento do século 15, supostamente construído sobre as ruínas de um mosteiro cristão nestoriano. A arquitetura deste caravançarai, o mais alto e um dos mais isolados do mundo, é no entanto idêntica à dos edifícios presentes nas planícies da Anatólia e no planalto Persa, não deixando dúvidas sobre sua função. Ao mesmo tempo pousada, restaurante, fortaleza, mercado e estábulo, os caravançarais eram as áreas de descanso das antigas rotas da seda, e o de Tach Rabat representava a última etapa montanhosa antes de atravessar o passo que leva à China e a Kachgar, na encruzilhada das civilizações. Você jantará e passará a noite na casa de Nazira, que instalou seu acampamento de iurtas a algumas centenas de metros do caravançarai e que, de certa forma, retomou o papel dele ao lhe oferecer abrigo e comida.

• dia 9

  Do caravançarai de Tach Rabat ao lago Song Kul

  Esta manhã, últimos momentos para descobrir os arredores ao seu gosto a pé, para se impregnar ainda mais da história deste lugar fora do comum. Contemple os rebanhos de iaques, observe o voo de uma águia-real ou de um quebra-ossos, suba ao topo de uma colina, adentre-se no vale que leva ao passo dos caravaneiros, a escolha é sua. Em seguida, você retoma a estrada e retorna ao vale de At Bashi deixado na véspera. Passagem rápida pelo local das ruínas da antiga fortaleza de Koshoi-Korgon, situada em um ponto militar estratégico no meio deste vale, e você segue para o vale de Chaar, onde almoçará. À tarde, direção ao lago Song Koul, a pérola do Quirguistão, um lago de alta montanha situado em um pasto alpino a 3000 m de altitude, no coração do mundo nômade. Este pasto é, a cada verão, o local de encontro dos criadores das diferentes vales adjacentes que migram por estes pastos há gerações com suas iurtas, famílias e rebanhos. Você chega ao acampamento de iurtas instalado no vale de Kumdu Suu, onde jantará e passará a noite.

• dia 10

  A cavalo em Song Kul

  Em sela! Após o café da manhã e um briefing feito pelo seu guia, parta para uma cavalgada selvagem que o levará até a lagoa de Batay Aral. As pradarias do lago Song Koul, salpicadas de iurtas, são ideais para serem descobertas a cavalo, e estes realmente se divertem galopando no meio dos outros rebanhos. Se existe um paraíso para cavalos, Song Koul certamente não está longe disso! Você chega após algumas horas ao acampamento de iurtas localizado próximo à lagoa de Batay Aral. Este lugar é um verdadeiro oásis para aves migratórias, que fazem uma parada aqui em seu caminho entre a Sibéria e as margens do oceano Índico. Almoço sob a iurta. A tarde será dedicada ao relaxamento e à descoberta desta paisagem de cartão postal. No final da tarde, você colocará a mão na massa durante uma aula de culinária onde aprenderá a preparar um dos pratos tradicionais quirguizes. Jantar e noite sob a iurta com a família.

• dia 11

  Na escola dos nômades de Song Kul

  Seja nômade por um dia da sua vida. Hoje, você participará de todas as tarefas diárias de uma família de criadores semi-nômades quirguizes. Isso começa com um despertar ao amanhecer para cuidar dos rebanhos. Reúna as vacas e os cavalos para a ordenha, tosquie as ovelhas, prepare os pratos tradicionais, recolha o tiziak (o esterco seco usado como combustível), etc. Um dos pontos altos do dia será a confecção de um tapete quirguiz segundo a técnica "Ala Kiyiz", técnica única dos nômades quirguizes, reconhecida pela UNESCO e proveniente de um saber-fazer ancestral. Após diversas canções e um bom jantar, noite sob a iurta.

• dia 12

  Song Koul - vale de Kyzyl Oï

  Você deixa seus anfitriões esta manhã e segue ao longo da margem sul do lago Song Koul em direção ao passo de Karaketché, um dos 4 passos que é possível atravessar de carro a partir de Song Koul, e que segue para o oeste. Do outro lado, a estrada desce ao longo de uma mina de carvão, de onde centenas de caminhões partem todos os dias em direção aos mercados da capital, Bishkek. O carvão desta mina é conhecido por sua alta qualidade e, como é barato, torna-se um meio eficaz e econômico de aquecimento, deixando de lado as consequências para a saúde e o meio ambiente… Mais abaixo no vale, você se junta ao rio Koekoemeren e à vila de Kyzyl Oï. Este rio é um poderoso afluente do rio Naryn, que esculpiu esses vales de encostas íngremes e revelou as camadas estratigráficas de rochas sedimentares, fazendo aparecer esses contrastes de vermelho, ocre, marrom e amarelo, oferecendo assim um tema excepcional para os amantes da fotografia. Em Kyzyl Oï, você descobre a vila a pé e passa pela oficina de um artesão local que fabrica os kamtchis, esses belos chicotes ornamentados usados pelos melhores cavaleiros de acordo com seu status social e função. Você janta e passa a noite na casa de uma família da vila.

• dia 13

  Retorno a Bishkek via Suusamyr

  Hoje é o dia de retorno a Bishkek. Você sobe o curso do rio Koekoemeren, em direção ao planalto de Suusamyr. No caminho, você passa pela vila de Kojomkul, de onde veio o colosso cuja estátua você viu em Bishkek. A estrada continua subindo e você atravessa o passo de Too Ashuu. Você então deixa o veículo e parte para uma caminhada pelo passo, culminando a 3586 m de altitude na cadeia de montanhas Kirghiz Ala-Too (3586 m; desnível +520 m; -600 m; 4-5 h). Você retoma seu veículo do outro lado do passo e desce por uma estrada sinuosa até a planície de Chuy, antes de chegar a Bishkek no final da tarde e encerrar assim sua estadia quirguiz com uma última refeição em um restaurante da capital. Você passará a noite em nossa casa de hóspedes, onde você foi hospedado na primeira noite da viagem.

• dia 14

  Adeus, Quirguistão.

  Transfer para o aeroporto e voo de regresso para casa, com muitas lembranças na cabeça!